Motivado pelo João, Ph.D., meu cenário de resolução da crise
europeia.
No curtíssimo prazo, haircut
na dívida grega. Papademônio muda a lei, coloca CAC (collective action clause) retroativa, eu levo um totó de 70% nos
meus GGBs (títulos gregos). E com isso a dívida grega começa a ficar num nível tão
baixo como proporção do PIB que até eles conseguem pagar.
No médio prazo, a Europa sai da recessão e volta a crescer
todo seu potencial: 1% ao ano. A Itália encurta a dívida que, com o bailout implícito feito pelo BCE (banco
central europeu), tornou-se pagável. Aos pouquinhos a relação dívida sobre PIB
começa a cair.
Não há convergência alguma entre os diferentes países da
União. Tampouco há uma solução para o problema de regulação bancária (too big to fail, moral hazard). Mas isso
não importa, no prazo relevante.
Semana que vem, Madeira, inflação no Brasil.
Professor,
ResponderExcluirObrigado pela resposta e, mais ainda, por ontem.
Se bem entendo o cenário, após a ida ao barbeiro, a Grécia passa a ter uma dívida sustentável, mas permanece pouco competitiva - como os demais países periféricos - por conta do câmbio real. Diante da baixa integração do mercado de trabalho na zona do euro e da rigidez de preços, o ajuste dos salários se dá através de um longo e doloroso período de recessão, uma vez que o problema de fundo não é resolvido pelo "haircut". E o bailout implícito sustentado pelo BCE implica numa inflação mais alta em toda a região, o que talvez ajude um pouco a suavizar o ajuste de preços relativos. É por aí?
foi merecido. eu acho que eh por ai, mas, estava pensando, o default de empresas ira ajudar o ajuste de salarios, vou tentar elaborar depois
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