sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Fim da Crise


Motivado pelo João, Ph.D., meu cenário de resolução da crise europeia.

No curtíssimo prazo, haircut na dívida grega. Papademônio muda a lei, coloca CAC (collective action clause) retroativa, eu levo um totó de 70% nos meus GGBs (títulos gregos). E com isso a dívida grega começa a ficar num nível tão baixo como proporção do PIB que até eles conseguem pagar.

No médio prazo, a Europa sai da recessão e volta a crescer todo seu potencial: 1% ao ano. A Itália encurta a dívida que, com o bailout implícito feito pelo BCE (banco central europeu), tornou-se pagável. Aos pouquinhos a relação dívida sobre PIB começa a cair.

Não há convergência alguma entre os diferentes países da União. Tampouco há uma solução para o problema de regulação bancária (too big to fail, moral hazard). Mas isso não importa, no prazo relevante.

Semana que vem, Madeira, inflação no Brasil.

2 comentários:

  1. Professor,

    Obrigado pela resposta e, mais ainda, por ontem.

    Se bem entendo o cenário, após a ida ao barbeiro, a Grécia passa a ter uma dívida sustentável, mas permanece pouco competitiva - como os demais países periféricos - por conta do câmbio real. Diante da baixa integração do mercado de trabalho na zona do euro e da rigidez de preços, o ajuste dos salários se dá através de um longo e doloroso período de recessão, uma vez que o problema de fundo não é resolvido pelo "haircut". E o bailout implícito sustentado pelo BCE implica numa inflação mais alta em toda a região, o que talvez ajude um pouco a suavizar o ajuste de preços relativos. É por aí?

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  2. foi merecido. eu acho que eh por ai, mas, estava pensando, o default de empresas ira ajudar o ajuste de salarios, vou tentar elaborar depois

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