terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Ai meus GGBs...



Acho que entendi porque meus títulos do Governo da Grécia (GGBs), com vencimento em março, continuam tão feios, precificados a 43,5% do valor de face.

Meu racional inicial para a compra deles é que a Grécia tinha (e tem) déficit primário, e não tomará a iniciativa do calote. A tomada teria de ser desligada pela própria Troica, que deixaria de dar o dinheiro suficiente para rolagem, mas isso parecia muito improvável.

Depois, quando começou a história de PSI (Private Sector Involvement), eu fiquei segurando os títulos por que eu não nunca me voluntariei a nada, menos ainda a tomar um haircut. Achava que o PSI iria acontecer, mas os egoístas ficaríamos com o valor de face.

Estava achando estranho os preços ficarem tão baixos, com a imensa oferta de egoístas pelo mundo. Mas agora entendi que caso a adesão ao PSI não seja muito grande, as autoridades podem introduzir CACs (Collective Action Clause), utilizando a lei grega. Nesse caso, eu também levo um totó nos meus GGBs.

Mais relevante que meu prejú psicológico, a introdução das CACs criaria um evento de crédito, os CDS seriam gatilhados. Será que o mercado reagiria mal a esse evento? Não sei, mas acho que não.

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