A partir desse segundo irei postar em novo endereço,
definitivo até mudar:
Ex - A Consciência de Três Liberais
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Crédito na Europa
Saiu novo Bank Lending Survey do BCE. Abaixo uma figura da survey. Também a comparação de uma das séries da survey com o spread de crédito extraído do Requiem (meu modelo DSGE para Europa). Por hipótese, estou assumindo que situação do crédito irá aos poucos desaparecer. Com isso faço a projeção do PIB, que reportarei depois.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Crise de Balanço de Pagamentos na Europa
Desde o bailout, fico incessantemente buscando o que pode
dar de errado na Europa, algo que não esteja percebendo. Esbarrei numa teoria
interessante da Gavekal, que argumenta que a Europa ruma para uma inevitável crise
de Balanço de Pagamentos.
Curiosamente, eles não estão falando do desbalanço entre
Alemanha e Itália, mas entre Europa e Estados Unidos. O argumento é que Itália,
França, Portugal e outros vão ficar cada vez menos competitivos, e vão ter seus
déficits comerciais em US$ cada vez maiores. O BCE resolveu o problema de funding em Euros, mas não em Dólares, pois,
afinal, não tem uma máquina de fazer moeda verde.
Por enquanto o Fed ajudou aos soberanos periféricos europeus,
com sua linha de swap, que atualmente chega a $100 bi (vide figura). Mas alguma
hora a exposição ao risco de solvência para o Fed ficará insustentável. O
congresso americano irá forçar o Fed a parar de ajudar a Europa, que sofrerá
uma crise clássica de balanço de pagamentos.
Eu pessoalmente acho que (i) o câmbio (Euro contra Dólar) é
flexível, (ii) a linha de swap do Fed visa somente resolver uma imperfeição temporária
no mercado futuro, (iii) em termos agregados a Europa tem menos problemas de Balanço
de Pagamentos que os EUA. E, como consequência, também acho que o pessoal da GK
está viajando na maionese.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Comprando Breakeven
O Antoninho de Botucatu voltou a me perturbar. Gostaria de
dizer que estava com saudades.
Na parte de cima da figura o yield da NTNB com vencimento em
maio/2013, e o yield da curva Pré para final de abril/2013 (ODJ3). Esses são os
juros reais e nominais daqui até a data. Na parte de baixo a diferença entre as
duas taxas, útil para comparar com o passado. Na verdade, o certo é fazer juros
compostos (dividir uma pela outra), o que dá um breakeven (inflação implícita) de
uns 5,6%.
Minha operação é comprar a NTNB e tomar o Pré. Com isso,
estou apostando que a inflação será maior do que a precificada.
Antoninho, eu até acho que vai haver momento melhor para
entrar, mas você me irritou o suficiente, e não consegui resistir. Por sinal,
seu comentário de que o upside da operação é só de 0,5% - já que eu acho que a
inflação será 6% - só seria relevante se eu não pudesse alavancar. Como eu sou
grande como o Verde, dá para alavancar várias vezes sem custo algum. Com isso, estou
multiplicando upside (e também o downside) da minha aposta.
Gordo no Valor
De manhã cedo, muito mal humorado, fui buscar os erros do
Delfim, pensando em fazer um post bem agressivo. Para minha infelicidade achei
o artigo excelente. Gostei até do “”progressos”” no último parágrafo, quando
cita o NBER da Gita.
Isso não vai ficar assim, gordão. Semana que vem vou estar
com ainda mais mau humor.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Breakevens de Inflação
Na figura a inflação implícita nos preços de mercado (diferença entre juros nominal e juros real) para diferentes períodos. (Para calcular, o Júlio considera os cupons das NTNBs, fita uma curva suave usando uma metodologia genética, etc., e outras frescuras...). O chato é que essas inflações não estão baixas quando comparadas com seu histórico.
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